Responsabilidade e transparência – nas informações e seus atos
Por Alexander Villas-Bôas, CFO na Matec
“Aqui na Matec consideramos que a sustentabilidade de uma empresa seja a base de toda a relação.”
Accountability parece ser a palavra da vez no que se refere à sustentabilidade das organizações neste futuro que já começou. Vamos falar, neste artigo, sobre os princípios que regem essa prática que, de forma simples, podemos traduzir como a responsabilidade da empresa em todos os seus atos, o que demanda mais transparência no trato e comunicação das suas informações.
Para começar, o quanto isso é importante para um negócio?
Aqui na Matec consideramos que a sustentabilidade de uma empresa seja a base de toda a relação – tanto com clientes quanto com parceiros e fornecedores. Por conta disso nossas políticas fazem parte de nossos contratos, que somente são assinados com o conhecimento dessas cláusulas e a ciência de suas condições, por todos.
O que significa, afinal, a expressão Accountability?
Trata-se de um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o português como responsabilidade com a ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados.
Outro termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização, também traduzida como prestação de contas. Significa, numa visão ampla, que quem desempenha funções de importância na sociedade (seja uma empresa, uma instituição pública, um órgão regulador, etc.) deve regularmente explicar o que está fazendo, como faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir.
Parece complexo e burocrático, mas o fato é que são essas premissas que definem se um negócio e uma parceria serão ou não possíveis. Para contratarmos um fornecedor, por exemplo, precisamos ter a garantia de que ele cumpre todas as obrigações legais em seu negócio. Ele precisa ter as certificações, assumir a responsabilidade sobre os seus atos e desempenhar atividades essenciais como pagar corretamente seus funcionários, recolher os impostos devidos, além de ter e sustentar uma política de governança que controle seus gastos e analise sua saúde financeira, cuidar do meio ambiente e utilizar boas práticas de gestão, para citar alguns cuidados. Isso pode ser (e tem que ser) aferido e comprovado.
Num mundo tão diverso e multiconectado não podemos, por exemplo, ter uma relação com um parceiro que não atenda as exigências legais mínimas. E quando um erro é cometido, por mais que sejam tomadas todas as medidas preventivas, todos implicados no negócio são prejudicados – e esses prejuízos podem, inclusive, além de trazer um dano à imagem da companhia, determinar a falência de uma empresa.
Por isso esses cuidados não são apenas uma obrigação que nos isenta de responsabilidades jurídicas – são práticas necessárias para a reputação de todo negócio. Não há como uma empresa se manter saudável e sólida, ter sua reputação protegida e assegurada, se não pratica uma gestão cuidadosa e rigorosa em termos éticos. Sabemos e temos visto nos noticiários quanto prejuízo financeiro uma empresa pode ter quando tem sua reputação atingida – porém, como dissemos, mais do que a implicação financeira ou jurídica, há a implicação ética envolvida.
Atualmente, para trabalhar em uma empresa, os próprios colaboradores tratam de investigar todas as informações da mesma: analisam seus números, seus valores, entendem suas políticas, checam as suas relações, certificações, selos, etc. Se não há aderência da cultura da empresa à cultura do indivíduo, e ainda bem que temos cada vez mais cidadãos exigentes, os colaboradores simplesmente não entram naquela empresa. Vivemos num mundo onde, mais importante do que o salário ou os benefícios financeiros, está o sentido e o propósito daquela organização, o seu papel, as suas práticas e como ela se enquadra na sociedade em que vivemos
Por isso, ser transparente e utilizar a comunicação para fazer chegar os números e dados a todos os stakeholders envolvidos no negócio (dos colaboradores aos clientes, passando pelos fornecedores e parceiros) é essencial para a solidez de uma empresa.
A Matec se mantém há quase três décadas por conta dessas práticas em seu DNA. Atravessar momentos econômicos difíceis, como atravessamos, faz parte do risco do negócio, contudo, manter-se leal aos seus valores éticos e compromissos com todos foi fundamental para que chegássemos até aqui. Por isso a Matec mantém canais de comunicação tanto com os seus colaboradores quanto com seus parceiros, fornecedores e clientes, com a preocupação constante de mitigar riscos, resolver potenciais problemas e promover o bem-estar de todos. O objetivo é justamente manter a transparência e a ética em todas as nossas relações.
Estamos passando por um momento muito desafiador quando se trata de corrupção, tanto em nível nacional quanto internacional. Por isso aplicar normas e regras que garantam o correto funcionamento das atividades de uma empresa tem sido determinante, inclusive para o fechamento (ou recusa) de contratos e acordos.
Indicadores como o IPC (Índice de Percepção da Corrupção) começam a ser levados em consideração quando uma multinacional decide investir, por exemplo, num determinado país.
Precisamos, mais do que nunca, nos organizar enquanto cadeia produtiva, em nosso setor em especial, para que esse modelo de gestão comprometido com a ética e a transparência das relações, dos dados e das informações seja uma regra – e não a exceção.
Só assim reconstruiremos as bases da nossa economia para uma retomada sólida, consistente, duradoura. Sem transparência, ética, normas e regras claras, morreremos na praia. Aqui na Matec, a gente acredita que pode mudar, melhorar e ajudar a transformar o jeito de fazer negócios. Porque atitudes éticas e transparentes, regidas por códigos claros, também podem ser como o otimismo do brasileiro: contagiante!
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